Cartas de amor, quem as não tem?

A Fofa é uma moçoila de sorte! Mesmo tendo aspecto de satânica (quem consegue resistir?!) tem este admirador, o Carlos, que antes de mais pede desculpa pelos erros ortográficos, valha-lhe a humildade. Nela, ele gosta de tudo: a maneira de vestir, o facto de ela agredir fisicamente as pessoas, o brincar com o "pircing" dos lábios, as "sublancelhas" e a sua pele branca, antigamente sinónimo de pureza... acha ele. A paixão transborda de tal modo que ele alcunha-a de "obelha ranhosa" e fica-se na dúvida: abelha ou ovelha? Todavia, o "ranhosa" sabemos que é com carinho.
Depois destes miminhos, há que tratar do âmago da questão: o Carlos fez a cama. Se eu fosse a Fofa ficaria feliz da vida, uma vez que demonstra que o rapaz é arrumadinho e todos sabemos o dificil que é treinar um homem para baixar o tampo da sanita, quanto mais fazer a cama!! Além disso, não é daquelas melgas que depois de realizarem qualquer tarefa doméstica ficam em fúria se alguém suja ou desfaz. Cereja no topo: ele quer fazer o amor bonito contra a parede.
É triste ver que esta juventude, para além de escrever com os pés, não sabe nem consegue fazer um elogio ou um piropo minimamente aceitável, por mais que tente. O pior é que o Carlos não é um caso isolado e as Fofas deste país vão ter de se contentar com estas cartas de amor contemporâneas... OU NÃO!